Os candongueiros e a “desordem” urbana de Luanda: uma análise sobre a representação social dos transportes informais

Autores

  • José Caléia Castro
  • Paulo Romano Reschilian
  • Valéria Zanetti

Palavras-chave:

Luanda, candongueiros, Ordem/desordem, Planejamento urbano, representação social

Resumo

A cidade de Luanda, capital de Angola, é caracterizada pela informalidade e precariedade das atividades e dos serviços que, em grande medida, dão a lógica da produção social do espaço urbano. Luanda tem como um dos principais meios de transporte coletivo os candongueiros, modalidade de transporte informal ou semi-informal responsável pelos deslocamentos e pela dinâmica quotidiana da cidade que é um dos elementos fundamentais no alargamento do tecido urbano/metropolitano. No entanto, devido às suas peculiaridades, discursos (des) qualificam esse tipo de transporte como desordenado ou desorganizado. Este trabalho analisa e discute a ideia de ordem, geralmente imposta pela lógica hegemônica contemporânea e global. Pretende-se apresentar os candongueiros como categoria de outro modo de produção urbana, representativo de seus habitus sociais. Espera-se contribuir para a compreensão sócio espacial de Luanda a partir do olhar das diferenças culturais e da representação social dos elementos da informalidade comuns à realidade das metrópoles contemporâneas dos países periféricos. Esses países, classificados como metrópoles precárias pela forma como são inseridos no sistema capitalista de produção e consumo globalizado, apresentam uma racionalidade sócio espacial paradoxal, objeto de estudo do planejamento territorial.

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Publicado

2018-01-29

Como Citar

Caléia Castro, J., Romano Reschilian, P., & Zanetti, V. (2018). Os candongueiros e a “desordem” urbana de Luanda: uma análise sobre a representação social dos transportes informais. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 10(1). Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/20773

Edição

Seção

Artigos