Cidade e interação: o papel do espaço urbano na organização social
Palavras-chave:
cidade, interação, informação, entropia.Resumo
Como ações pessoais, aparentemente caóticas, podem gerar os imensos sistemas de interações em que vivemos? Neste artigo, buscamos responder a esta pergunta sugerindo que há um papel para as cidades, na forma de coordenar nossas ações. Investigamos esse processo explorando um conceito particular: a “entropia” ou como sistemas lidam com a incerteza e imprevisibilidade na transição de ações individuais para sistemas de ação. Examinando as condições de (i) as ações como dependentes da informação em seu ambiente e de (ii) a cidade como ambiente de informação, propomos que (iii) a cidade produz diferenças na probabilidade de que certas interações venham a ser realizadas. Investigamos este processo através de simulações de diferentes cenários, de modo a identificar o espaço como uma condição necessária, mas não suficiente, para reduzir entropia social. Finalmente, sugerimos que os estados e flutuações da entropia são uma parte vital da reprodução social, e revelam profundas conexões entre sistemas sociais, informacionais e espaciais.
Downloads
Referências
Alonso, W. (1964). Location and land use: toward a general
theory of land rent. Cambridge: Harvard University Press.
http://dx.doi.org/10.4159/harvard.9780674730854.
Axelrod, R. (1997). The dissemination of culture: a model
with local convergence and global polarization. The Journal
of Conflict Resolution, 41(2), 203-226. http://dx.doi.org/
1177/0022002797041002001.
Batty, M. (2013). The new science of cities. Cambridge:
The MIT Press.
Batty, M., Morphet, R., Masucci, P., & Stanilov, K. (2014).
Entropy, complexity, and spatial information. Journal of
Geographical Systems, 16(4), 363-385. PMid:25309123.
http://dx.doi.org/10.1007/s10109-014-0202-2.
Bailey, K. D. (1983). Sociological entropy theory: toward
a statistical and verbal congruence. Quality & Quantity,
(1), 113-133. http://dx.doi.org/10.1007/BF00221453.
Bailey, K. D. (2006). Sociocybernetics and social entropy
theory. Kybernetes, 35(3/4), 375-384. http://dx.doi.
org/10.1108/03684920610653683.
Boltzmann, L. (2015). On the relationship between the
second fundamental theorem of the mechanical theory of
heat and probability calculations regarding the conditions
for thermal equilibrium. Entropy, 17, 1971-2009. http://
dx.doi.org/10.3390/e17041971.
Brooks, R. (1999). Cambrian intelligence: the early history
of the new AI. Cambridge: MIT Press.
Buckley, W. (1967). Sociology and modern systems theory.
Englewood Cliffs: Prentice-Hall.
Charvat, F. (1972). On philosophical aspects of the system
conception in contemporary sociological knowledge.
Quality & Quantity, 6, 3-16. http://dx.doi.org/10.1007/
BF00399169.
Charvát, R., Kucera, J., & Soukup, M. (1973). Toward the
system theory of dependence: further general theoretical
remarks. Quality & Quantity, 7(1), 69-90. http://dx.doi.
org/10.1007/BF00172369.
Clark, A. (1997). Being there: putting brain, body, and world
together again. Cambridge: MIT Press. Clark, A., & Chalmers, D. (1998). The extended mind. Analysis, 58(1), 7-19. http://dx.doi.org/10.1093/analys/58.1.7.
Farber, S., O’Kelly, M., Miller, H. J., & Neutens, T. (2015).
Measuring segregation using patterns of daily travel behavior: a social interaction based model of exposure. Journal of Transport Geography, 49, 26-38.http://dx.doi.org/10.1016/j.jtrangeo.2015.10.009.
Klapp, O. E. (1975). Opening and closing in open systems.
Behavioral Science, 20(4), 251-257. http://dx.doi.org/10.1002/
bs.3830200406.
Kosslyn, S. M. (1994). Image and brain: the resolution of
the imagery debate. Cambridge: MIT Press.
Krafta, R., Netto, V. M., & Lima, L. (2011). Urban built form
grows critical. Cybergeo: European Journal of Geography,
, 11-26.
Lakoff, G., & Johnson, M. (1999). Philosophy in the flesh:
the embodied mind and its challenge to Western thought.
New York: Basic Books.
Lanchier, N., & Scarlatos, S. (2013). Fixation in the onedimensional Axelrod model. Annals of Applied Probability,
(6), 2538-2559. http://dx.doi.org/10.1214/12-AAP910.
Luhmann, N. (1995). Social systems. Stanford: University
Press.
Maraschin, C. (2014). Dinâmica e resiliência das áreas
comerciais: uma abordagem configuracional em Porto Alegre,
RS. Porto Alegre: UFRGS, PROPUR. Projeto de Pesquisa.
McFarland, D. D. (1969). Measuring the permeability of
occupational structures; an information-theoretic approach.
American Journal of Sociology, 75(1), 41-61. http://dx.doi.
org/10.1086/224744.
Michaelian, K., & Sutton, J. (2013). Distributed cognition
and memory research: History and future directions.
Review of Philosophy and Psychology, 4(1), 1-24. http://
dx.doi.org/10.1007/s13164-013-0131-x.
Mills, C. W. (1959). The sociological imagination. New York:
Oxford University Press.
Miller, J. G. (1978). Living systems. New York: McGraw-Hill.
Netto, V. M. (2008). Practice, space, and the duality of
meaning. Environment and Planning. D, Society & Space,
(2), 359-379. http://dx.doi.org/10.1068/d0406.
Netto, V. M. (2017). The social fabric of cities. New York:
Routledge.
Neisser, U. (1994). Multiple systems: a new approach to cognitive
theory. The European Journal of Cognitive Psychology, 6(3),