As certificações e programas socioambientais e o grau de internacionalização de empresas
DOI:
https://doi.org/10.7213/rebrae.v3i1.13547Keywords:
Internacionalização. Certificações. Programas socioambientaisAbstract
Na economia globalizada a decisão por um determinado produto ou serviço não paira mais apenas sobre marcas consolidadas e preços atrativos. No decorrer da pesquisa para avaliar o grau de internacionalização de empresas no setor de produtos de maior valor agregado (PMVA) da indústria madeireira nacional, foi possível constatar que as certificações e os programas socioambientais exercem um forte impacto sobre o seu grau de internacionalização. Para mensurar o grau de internacionalização foi utilizada uma adaptação do modelo de Sullivan (1994), em que uma variável original foi excluída e duas novas foram incluídas. A variável excluída refere-se ao valor da dispersão psíquica revelada pela proximidade cultural dos países para os quais a empresa exporta. As duas novas variáveis incluídas referem-se à quantidade de certificações que as empresas possuem e ao número de programas sociais e ambientais que praticam. É utilizada a perspectiva seccional com avaliação longitudinal de análise, pois são investigadas e comparadas diferentes empresas brasileiras do setor de PMVA ao longo de seus processos de internacionalização. A pesquisa é exploratória, com caráter flexível e não estruturado e os dados primários e secundários foram coletados por meio de questionários, entrevistas semiestruturadas, observação simples e pela análise de conteúdo de documentos organizacionais, bancos de dados das empresas investigadas, das principais entidades do setor florestal-madeireiro. Os resultados obtidos foram bastante coerentes e dentro do esperado no planejamento da pesquisa. O setor de PMVA apresenta altos índices tanto no grau de internacionalização como nos índices relativos às certificações e aos programas socioambientais. Estes dois novos elementos parecem ser o novo diferencial competitivo das empresas já que estão se tornando exigência e os compradores internacionais já têm grande consciência sobre ambos, justificando a inclusão das variáveis na fórmula original.Downloads
References
ANDERSEN, T. J. Strategic planning, autonomous actions and corporate performance. Long Range Planning, v. 33, n. 2, p. 184-200, 2000.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MADEIRA PROCESSADA MECANICAMENTE - ABIMCI. Estudo Setorial 2006. Disponível em: <http://www.abimci.com.br/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=28&Itemid=37>. Acesso em: 06 maio 2007.
BRASIL. Lei n. 11.284, de 2 de março de 2006. Dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável; institui, na estrutura do Ministério do Meio Ambiente, o Serviço Florestal Brasileiro - SFB; cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal - FNDF; altera as Leis nos
683, de 28 de maio de 2003, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, 4.771, de 15 de setembro de 1965, 6.938, de 31 de agosto de 1981, e 6.015, de 31 de dezembro de 1973; e dá outras providências.
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 3 mar. 2003. p. 1
CAVUSGIL, S.; ZOU, S. Marketing strategy-performance relationship: an investigation of the empirical link in export Market ventures. Journal of Marketing, v. 58, n. 1, p. 1-21, 1994.
CHATTERJEE, S. Estratégias à prova de falhas: como lucrar e crescer correndo riscos que outros evitam. Porto Alegre: Bookman, 2006.
FUMAGALLI, L. A. W. Processo de internacionalização no setor de produtos de maior valor agregado da indústria madeireira. 2007. 106 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2008.
FUMAGALLI, L. A. W.; DEL CORSO, J. M.; SILVA, W. V. da. Processo de internacionalização no setor de produtos de maior valor agregado da indústria madeireira. Base Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos, v. 6, n. 4, p. 299-311, 2009.
HARTMANN, L. P. Perspectives in business ethics. New York: McGraw-Hill, 2002.
LIM, J.; SHARKEY, T.; KIM, K. Determinants of international marketing strategy. Management International Review, v. 33, n. 2, p. 103-120, 1993.
MANKINS, M. C.; STEELE, R. Da grande estratégia ao grande desempenho. Harvard Business Review, v. 83, n. 7, p. 27-34, 2005.
PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. The core competence of the corporation. Harvard Business Review, v. 68, n. 3, p. 79-92, 1990.
RUNDH, B. Rethinking the international market strategy: new dimensions in a competitive market. Marketing Intelligence & Planning, v. 21, n. 4, p. 249-247, 2003.
SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO. Disponível em: <http://www.sfb.gov.br>. Acesso em: 7 set. 2007.
SMITH, A.; ZEITHAML, C. The intervening hand: contemporary international expansion processes of the regional bell operating companies. Journal of Management Inquiry, v. 8, n. 1, p. 34-64, 1999.
SULLIVAN, D. Measuring the degree of internationalization of a firm. Journal of International Business Studies, v. 25, n. 2, p. 325-342, 1994.
